quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Síndrome de Edwards - Trissoma 18

A Trissomia 18 é uma mutação genética que surge de uma anomalia do cromossoma 18. Anomalias cromossomas são resultantes de uma mutação do cromossoma ou da divisão celular (anafase I) da meiose, em que no final desta, os cromossomas não estão correctamente distribuídos.
As mutações podem ser genéticas, em que apenas um locus é afectado. Podem ser cromossómicas e estruturais e actuam no cromossoma trocando tudo ou mesmo todo o lote de cromossomas.
O primeiro caso de trissomia 18 foi descrito por Edwards, no ano de 1960, por isso se chama Síndrome de Edwards.

Causas e analises:

A causa da trissomia 18 é a não separação do cromossoma no momento da formação do gâmeta, normalmente o gâmeta de origem materna. O seu diagnóstico poderá ser efectuado ainda no período pré-natal, regularmente investigado quando a mãe tem idade superior a 35 anos. A análise pode ser feita após o nascimento através de um quadro clínico do recém-nascido e do estudo genético. Esta doença pode ser diagnosticada logo depois do nascimento ou algum tempo depois, porque os bebes apresentam algumas anomalias complexas. Os pacientes normalmente apresentam atrofia cerebral de vários graus, comprovada com o exame tomografia axial computadorizada de crânio o chamado TAC.

A maioria dos portadores apresentam anomalias físicas, mentais e cardíacas, existem mais de 150 más formações; mas constituem um quadro sintomático comum:

· Hipertonia
· Estatura baixa
· Cabeça pequena, alongada e estreita
· Zona occipital muito saliente (zona por cima do pescoço)
· Orelhas mal formadas
· Falta de visão
· Céu-da-boca alto e estreito, boca pequena e triangular
· Lábio leporino (abertura labial)
· Maxilares recuados
· Esterno curto (osso localizado no interior do Tórax)
· Mão cerrada (2º e 5º dedos inclinados para os dedos 3º e 4º respectivamente)
· Dedo indicador maior que todos os outros
· Pés virados para fora com calcanhar saliente
· Rugas nas palmas das mãos e dos pés, ficando arqueadas nos dedos
· Unhas atrofiadas
· Acentuadas anomalias cardíacas
· Anomalias renais (rim em forma de ferradura)
· Anomalias do aparelho reprodutor
· Grande distância intermamilar (mamilos afastados)
· Genitais externos anormais

Factores de risco:

Os factores de risco são a idade da mãe na maior parte dos acontecimentos são originados de mulheres com mais de 35 anos de idade.
Todas as mulheres correm o risco de o feto ter esta anomalia no cromossoma 18.
Percentagens de recém-nascidos:

Só 1/8000 recém-nascidos, na maioria do sexo feminino é que nascem com a trissomia 18. Estima-se que 95% dos casos de trissomia 18 resultam em abortos espontâneos durante a gravidez e só nascem 5% de bebés com esta trissomia.
Na maior parte dos casos de trissomia 18, é herdado ou adquirido de novo a partir do próprio progenitor, mas estudos novos provam que mais de 85%, o erro surge na disfunção cromossómica da meiose materna e 15% da meiose paterna.

A esperança de vida:

A esperança de vida para estas crianças é relativamente baixa, a morte ocorre geralmente antes dos 3 ou 4 meses de idade podendo ser retardada até aos dois anos, mas alguns recém-nascidos tem uma sobrevivência média inferior a uma semana e menos de 5% destes chegam a 1 ano de vida, tendo sido registados alguns casos de adolescentes com 15 anos.


Fonte: http://www.colegiosaofrancisco.com.br/alfa/sindrome-de-edward/imagens/sindrome-de-edward-2.jpg

Tratamento:

Não há nenhuma cura para o síndrome de Edwards, mas o tratamento médico de sintomas é apresentada como necessária.
o tratamento concentra-se na oferta de boa nutrição, a luta contra infecções - que surgem com frequência - e ajudar o coração a funcionar melhor.
Muitos bebés com o síndrome de Edwards têm dificuldades com a alimentação, assim esta alimentação pode ser dada através de uma sonda nasogástrica ou directamente no estômago através de uma gastrostomia. Quando parte das anormalidades afectam o movimento, fisioterapia e terapia ocupacional pode ajudar.
Apoio emocional para os pais e outros membros da família é fundamental, visto que os bebés com síndrome de Edwards têm uma esperança de vida curta. Poucos sobreviver para além do seu primeiro ano.

Bibliografia:

O que são mutações?

Existem 2 tipos de mutações: Mutações Génicas e Cromossómicas.
As mutações génicas são alterações que afectam a estrutura dos genes, ou seja, afectam a sequência de bases que codifica uma determinada proteína. Sendo assim, uma pequena alteração na sequência dos pares de bases que constituem a molécula de DNA para originar uma proteína diferente da que seria inicialmente codificada pelo gene ao nível do qual ocorreu a mutação.
Tipo de Mutações:
Resumidamente e a título exemplificativo, apresenta-se apenas alguns os codões do RNAm correspondente a um gene normal e os respectivos a.a. Traduzidos na proteína sintetizada em paralelo com os codões de RNAm correspondente a esse gene mutado e os a.a. Assim traduzidos na proteína sintetizada:
Substituição
CCA – GAG – ACU
Pro Glu Tre
CCA – GUG – ACU
Pro Val Tre
Inversão
UUC – UGG – GCU
Fen - Tri - Ala
UUC – GUG – GCU
Fen – Val – Ala
Deleção
UAC - ACC – ACG – A
Tir –Tre - Tre
UAC – CCA – CGA
Tir – Pro - Arg
Inserção
UAC – ACC – ACG
Tir – Tre – Tre
UAC – GAC – CAC – G
Tir – Asp - His
Os genes assim alterados são, portanto, genes novos, alelos dos primeiros, que ocupam o mesmo locus no cromossoma.Estas alterações ocorrem por vezes, durante a replicação do DNA, a fase que antecede a dvisão celular. Deste modo, o mesmo gene pode apresentar diferentes alterações, dando origem ao aparecimento de vários alelos – alelos múltiplos. Este tipo de mutação, por se situar à escala molecular, não é, como algumas mutações cromossómicas, observável ao microscópio. Um exame do cariótipo, por mais minucioso que seja, não revela nenhuma modificação nos cromossomas. Só o fenótipo poderá vir a manifestar o seu efeito.
Mutações cromossómicas
As mutações cromossómicas são modificações que ocorrem nos cromossomas e que podem afectar o cariótipo dos indivíduos, qualitativa ou quantitativamente, isto é, podem alterar a estrutura de um ou mais cromossomas – alterações cromossómicas estruturais – ou o número de cromossomas – alterações cromossómicas numéricas. Ao contrário das mutações génicas, que são reconhecidas através da sua manifestação no fenótipo, as mutações cromossómicas são, em geral, detectadas pela observação do cariótipo do indivíduo afectado.
Mutações cromossómicas estruturais
Estas mutações ocorrem durante a quebra e a junção dos cromossomas na meiose. Se após a quebra se verificar a religação correcta, não ocorre nenhuma alteração na estrutura do cromossoma. Caso contrário, surgem vários tipos de mutações cromossómicas estruturais.
Mutações cromossómicas numéricas
Por não serem relevantes para o objecto deste trabalho, são referidas apenas de forma muito sintética. Neste tipo de mutações, o número de cromossomas de um organismo pode aparecer aumentado ou diminuído num ou mais cromossomas, envolvendo o aumento a multiplicação do número total de cromossomas.
Bibliografia:

terça-feira, 18 de novembro de 2008

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